Dona de um currículo de alta costura, a saia midi tem rompido barreiras ao longo dos anos. Criada em 1947 por Christian Dior, o comprimento começou a aparecer por volta de 1920, subindo aos poucos para facilitar a vida das mulheres que então ingressavam no mercado de trabalho. Em 1927 a juventude e o período pós 1ª Guerra Mundial conquistaram o corte na altura logo abaixo do joelho.
O mesmo não durou muito tempo, já que na década seguinte houveram diversos protestos e reivindicações por parte das indústrias e comerciantes de tecidos que então sofriam amargamente com a queda nas vendas de tecidos, e após isso a bainha das saias e vestidos voltou a cair para a altura dos tornozelos.
E foi então, que em fevereiro de 1947 – Duas décadas depois do surgimento das primeiras mudanças – que Christian Dior lançou sua primeira coleção feminina pela ‘The House of Dior’, chamada ‘Carolle’ onde a peça principal era a saia na altura dos tornozelos, batizada pela redatora da Revista Harper’s Bazaar, Carmel Snow, como ‘New Look’. A saia midi com movimento e volume foi o ápice de Dior após a 2ª Gerra Mundial, uma resposta aos modelos retos e sóbrios usados durante o período de guerra.
A peça se tornou ícone dos anos 50, trazendo glamour, luxo, elegância e sofisticação a moda. Ela foi responsável por fazer a moda francesa brilhar novamente em um período de readaptação e sobriedade causados pelo longo período de guerra, onde as roupas eram extremamente simples e minimalistas.
Depois de muitas críticas o estilo criado por Dior caiu do gosto e nos corações das mulheres de todo o mundo, que buscavam nos seus modelos a feminilidade e luxo. Foi por este motivo que se afixou como a peça ícone juntamente com o movimento ‘Shape LadyLike’ (onde os vestidos tinham a cintura bem marcada e a saia rodada com bastante volume) da década e é reconhecida até hoje como um marco na história da moda.
Foto de Christian Dior, e ao lado o seu imortalizado “Tailleur Bar”, look que se tornou símbolo do “New Look”, composto por casaqueto na cor bege acinturado com saia preta ampla e plissada.
Hoje, repaginada, podemos encontrar modelos estampados, com tecidos fluidos, plissados ou com as mais variadas texturas. Estampas florais são responsáveis pelo efeito mais cool, e as cores neutras ganham espaço sem perder o estilo ladylike.
A partir daqui, mostrarei algumas opções para que você se inspire em montar seu próprio estilo – ou o que melhor se adapta ao seu – e consiga aderir a essa peça tão linda e com história:
Saia Midi + Listras:
Saia Midi + Tees ou Blusinhas despojadas:
Saia Midi + Camisa Jeans:
Saia Midi + Camisa Branca:
Saia Midi + Camisa Colorida:
Saia Midi Lisa + Blusa Diferenciada:
Saia Midi + Cropped:
Saia Midi + Sobreposição:
Saia Midi + Lã ou Tricô:
Saia Midi + Manga Longa:
E a brincadeira não para por aí! É possível criar uma infinidade de estilos e composições. Combinando sobretudo ou casacos mais pesados, jaquetas jeans curtas, sapatilhas ou calçados baixos, texturas diferenciadas, jogo de estampas, e por aí vai… O céu é o limite!
Espero que tenham ficado com a mesma vontade de sair comprar uma assim como eu, e que este pouquinho da história acompanhe vocês.
Um beijo,
Dai.